Que caminho espiritual devo seguir?
- carlaandreapereira
- Apr 12, 2022
- 2 min read
Na vivência interior da nossa existência encontramos, por vezes, esta insatisfação de ser quem somos, de vivermos no mundo em que vivemos. Esta insatisfação pode vir sob a forma de confusão, de sentimento de sermos incompreendidos ou de não pertencermos a lado algum. Surge assim, uma sede de verdade, uma sede de busca. Talvez um instinto peregrino que nos leva a escolher a fé no lugar do desespero: há respostas e posso encontrá-las. E começamos a percorrer o caminho, mas qual escolher?
Budismo, Mindful, Yoga, New Age stuff, Ayahusca e outras plantas medicina, alucinógénicos, Xamanismo, Astrologia, Tarot, Orixás, Cristianismo, Judaísmo, Sufismo, Islamismo, terapias disto e de aquilo e por aí adiante. Temos um menu de escolhas para o caminho espiritual e também isso pode originar confusão. Hoje, ao acordar, fui assolada por uma frase que deu origem a esta divagação: os caminhos levam todos à mesma montanha, mas a paisagem que percorremos é diferente e a perspetiva do lado da montanha a que chegamos também.

A montanha é o amor. O ápice de todos os caminhos espirituais. O que transborda de dentro para fora, de fora para dentro e que nos leva à compreensão máxima do potencial humano. Esse amor pode levar ao autoconhecimento profundo, pode mostrar a devoção ao outro, pode levar a um entendimento das camadas do nosso ego através de visóes, fábulas e entendimentos, pode apontar para o serviço como forma de redenção e aperfeiçoamento, pode simplesmente indicar-nos a pureza do momento presente. ou a forma de atingirmos a totalidade divina. Pode ainda trazer-nos instrumentos de investigação e de reconhecimento de uma missão ou levar-nos aos joelhos reconhecendo que a missão está apenas aqui e agora.
São caminhos que se cruzam e entrecruzam, que se afastam e que se desenham lado a lado. Vão dar à mesma montanha e chegando ao topo podemos olhar para o rio, para o céu, para as povoações humanas. Cada perspetiva um entendimento.
Já fiz alguns desses percursos. Gosto de todos. Todos oferecem a possibilidade de expansão dos limites de quem somos ou como um professor ontem me convidava (a mim e aos outros alunos) a correr riscos de vez em quando, a ir para além, para o além.
Boas viagens e obrigada pela leitura.
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